Palavras Entressonhadas

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Ou Isto ou Aquilo

Não sei se choro e não rio
não sei se rio e não choro!
Se vou conseguir ser rápida
ou se nisto me demoro!

Ou se corre e não se pára,
ou se pára e não se corre!
Ou se morre e não se respira,
ou se respira e não se morre!

Vejo a lua e não o sol
É de noite e não de dia.
Vejo uma criança a sonhar
com um mundo de magia!

Não sei se quero e se não quero,
não sei se dispo se visto!
Mas não sei responder
o que é melhor: se isto se aquilo.

Mara Pereira, 5º A

Inspirado no poema "Ou Isto ou Aquilo" de Cecília Meirelles

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Biografia de José Fanha


Nasceu em Lisboa a 19 de Fevereiro de 1951. Licenciado em Arquitetura, é hoje professor do Ensino Secundário (na Escola E.B 2/3 da Venda do Pinheiro), embora também seja guionista para televisão e cinema.
Poeta, declamador, autor de letras para canções e de histórias para crianças, autor de textos para televisão, para rádio e para teatro e, também pintor nos tempos livres.



Participou, entre muitas outras actividades, em teatro (como fundador e animador), participou em concursos de televisão, colaborou em programas de rádio e, tem trabalhado em adaptações de inúmeros textos teatrais ou televisivos.

Bianca Martins, nº 4, Jessica Bento, nº 14  - 6º e

A estrela que caiu no mar - de José Fanha


Resumo

Era uma vez uma estrelinha que andava no céu. Ela chamava-se Maria Emília. Andou, andou, andou, andou e …começou a cair! Só via azul, cada vez mais azul. O que ela via era a terra a aproximar-se. De repente “splash!” caiu na água e começou a ouvir uma voz. Essa voz era do estrelo-do- mar que se chamava Manuel António.
Sem saber por que razão, a Maria Emília tinha- lhe perguntado se eram iguais. O Manuel António tinha lhe dito que não eram iguais, porque uma era estrela-do-mar e a outra, uma estrela-do-céu. Ambas ficaram admiradas, mas de repente a Maria Emília viu um peixe-espada chamado Alberto Silveira e ambos saíram para a Via Láctea.
O Manuel António ficou com uma cavala marinha.
Moral da história: “Se virem alguma estrela-no-céu brilhando bem forte podem ter a certeza que é a estrela-do-céu e o peixe-espada."

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

O dia em que o mar desapareceu - «Escrito por José Fanha»

Resumo

Era uma vez um rapazinho que gostava de ir ver o mar; molhava as mãos no mar e também metia o nariz debaixo de água. O rapazinho apanhava cada pirolito! Mas ele gostava. O seu mar era azul e quando ele o via, ficava feliz, com o coração de cor azul.

Também há outros mares azuis. Uns são de um azul mais escuro, e outros com um azul mais claro, que o do rapazinho. Mas como o azul do mar dele não há mais nenhum. Há mares que são verdes, vermelhos e negros, mas são só os nomes dos mares. Há outros que também têm mais nomes, como por exemplo: mar mediterrâneo, mar Cáspio, mar da china, mar dos sargaços…Há mares que são diferentes uns dos outros: mares sossegados, mares gelados, mares com muito peixes, estrelas e corais, mares com tartarugas gigantes, mares com baleias e golfinhos, mares que são muito baixos e nunca perdemos o pé e mares que são muito fundos.

Há sempre um sol por cima e uma praia de areia branca por onde ele entra e diz bom-dia ao seu mar e brinca com ele. Às vezes, o seu mar ficava cinzento, devido às nuvens cinzentas que se vão ver ao espelho e depois o mar fica triste e frio por estar cinzento. Mas isso só acontecia no Inverno. O rapazinho só ia ver o mar no verão. O mar para ele era muito bonito. Era preciso tratar muito bem do mar para ficar sempre azul, brilhante e limpo. Mas há quem não trate bem do mar.

Um dia, apareceu uma família de pássaros Bisnaus que destruiu o mar do rapaz. Se vocês perguntam o que são esses pássaros Bisnaus, então eu digo-vos. Pássaros Bisnaus são uns pássaros burros e porcalhões. Nesse dia os pássaros Bisnaus foram à praia do rapazinho e trataram-na mal. Fizeram barulho, deitaram lixo pela praia e incomodaram toda a gente. O pai Bisnau cuspiu para o mar; a filha Bisnau bebeu uma lata de sumo e atirou-a para a areia; o filho Bisnau entornou um frasco inteiro de bronzeador nas rochas; e a mãe Bisnau ainda fez o pior: fez chichi no mar do rapaz. Isto é demais. Ma os pássaros Bisnaus ainda não tinham acabado. Fartaram-se de fumar para poluir o ar; aumentaram o volume do rádio até que as gaivotas se foram embora; mastigaram pastilhas elásticas e colocaram-nas nas estrelas-do-mar e nas carapaças dos caranguejos.

Os peixes fizeram uma reunião e decidiram ir-se embora. Partiram todos os peixes que viviam no mar. Por causa dos pássaros Bisnaus, os corais vermelhos e brilhantes ficaram em farelos; as pedras do fundo do mar ficaram em pó e as algas deixaram de crescer. O sol já não era amarelo e brilhante; o mar já não era azul, parecia lixo a transbordar até o mar desaparecer.

Um dia, o rapazinho foi passear pela praia e ficou a olhar para aquele sítio triste e seco, onde ficava o mar. O rapazinho chorou e chorou. Pensou e disse:

- Se eu deitasse lágrimas, o meu mar podia aparecer.

Tentou e tentou mas depois ele pensou e disse:

- Talvez a mãe do mar possa fazê-lo renascer.

A mãe do mar era uma nuvem carregadinha de água. Chamava-se Miraldina. Ela deitou pingas de chuva e o mar foi crescendo aos poucos. Ficou maior e mais azul. Os peixes que estavam no outro mar ouviram dizer que o mar tinha voltado. A pouco e pouco, voltaram todos os peixes e trouxeram amigos novos. E assim o mar ficou ainda mais bonito.

Fim!

Ana Cristo nº1 6E