Palavras Entressonhadas

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Eu e o meu cão Nero

          Há muito tempo, quando eu nascera, tinha um companheiro muito fiel, um cão pastor alemão. 

      Ele brincava comigo às escondidas e protegia-me quando o meu avô fingia que me atacava. Ele era como um irmão para mim. Eu tirava terra dos canteiros e punha numa tigela, e dizia:      
     - Papa Nero, papa! 

     Nós éramos verdadeiros amigos! Então fui crescendo e ele foi envelhecendo. Eu adorava-o. 

     Mas um dia fui a Faro. Comi, brinquei e estava feliz, mas não sabia o que me esperava. Ligaram ao meu pai a dizer que o Nero havia sido envenenado e morreu. O meu pai desligou o telefone e eu perguntei-lhe o que se tinha passado. 
    Ele respondeu-me: 
   - Nice, ele morreu envenenado. 

    Quando eu ouvi isto, subi e abracei o meu pai com muita força e chorei muito! Desde aí nunca me vim a esquecer dele, porque ele foi um verdadeiro cão fiel! 

Eunice Parra, nº 3, 6ºA

Uma aventura na ria

         Esta aventura passou-se no verão de 2011. Eu e a minha mãe fomos à ilha de Cabanas, para ficar ao pé da Magda (a minha melhor amiga. Foi muito divertido ficar lá, de dia, mas de noite… isso foi uma aventura. 
        
         Tudo começou quando o barco dos pais da Magda ficou preso no lodo. Por isso tínhamos que dormir lá, mas a minha mãe não podia deixar os meus irmãos sozinhos em casa, (pois o meu pai estava a trabalhar até tarde). 
        
         Então o pai da Magda foi buscar uma canoazinha que estava por lá, improvisou uns remos e lá fomos nós. Como a maré estava baixa, a meio caminho a canoa ficou encalhada no lodo e o pai da Magda mandou-nos sair e disse que não podia ir mais. Eu, meio assustada, não pude contradizer e lá fui. Andámos então por cima do lodo. De noite, não se via quase nada, não sabíamos onde pisávamos. Eu cá só pensava numa coisa: tentar não pisar num caranguejo. Não tenho bem a certeza, mas acho que pisei um… não imaginam o meu grito! 
        
         
       Depois de termos andado um bom bocado já víamos a saída daquele pesadelo. Mas falei cedo demais, pois a certa altura deixei de ver a minha mãe , virei-me para trás e vi-a ali enterrada no lodo até à cintura. 
      Fiquei preocupadíssima, tentei puxá-la, mas não consegui. Tentei outra vez e quase me enterrei de vez. Depois de várias tentativas a minha mãe conseguiu sair. 
       Com um suspiro de alegria, saímos de lá o mais rápido que conseguíamos. 

Ana Carolina, nº 1, 6ºA

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Lenda do São Martinho


Martinho era um valente soldado romano que estava a regressar da Itália para a sua terra, algures em França. Montado no seu cavalo estava a passar num caminho para atravessar uma serra muito alta, chamada Alpes, e, lá no alto, fazia muito, muito frio, vento e mau tempo. 

Martinho estava agasalhado normalmente para a época: tinha uma capa vermelha, que os soldados romanos normalmente usavam. 

De repente, aparece-lhe um homem muito pobre, vestido de roupas já velhas e rotas, cheio de frio que lhe pediu esmola. Infelizmente, Martinho não tinha nada para lhe dar. Então, pegou na espada, levantou-a e deu um golpe na sua capa. Cortou-a ao meio e deu metade ao pobre. 

Nesse momento, de repente, as nuvens e o mau tempo desapareceram. Parecia que era Verão! 

Foi como uma recompensa de Deus a Martinho por ele ter sido bom. 

É por isso que todos os anos, nesta altura do ano, mesmo sendo Outono, durante cerca de três dias o tempo fica melhor e mais quente: é o Verão de São Martinho.

http://www.junior.te.pt/servlets/Rua?P=HBiblioteca&ID=36

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

O Corvo e a Raposa

A Raposa e o Corvo


  Um corvo que passeava pelo campo, apanhou um pedaço de queijo que estava no chão e fugiu, acabando por pousar sobre uma árvore.

   A raposa observando-o de longe sentiu uma enorme inveja e desejou de todo, comer-lhe o queijo. Assim pôs-se ao pé da árvore e disse:

- Por certo que és formoso, e gentil-homem, e poucos pássaros há que te ganhem. Tu és bem-disposto e muito falante; se acertaras de saber cantar, nenhuma ave se comparará contigo.

  O corvo, soberbo de todos estes elogios, levanta o pescoço para cantar; porém abrindo a boca o queijo caiu-lhe. A raposa apanhou-o e foi-se embora, ficando o corvo faminto e corrido da sua própria ignorância.

recolhido por: João Rosa Nº 12 6ºB