Em tempos que já lá vão, a nossa mãe
morrera, deixando o nosso pai, um fidalgo, muito triste com três filhas para cuidar.
Encerrado no seu emprego, o nosso pai afogava as suas dores e
tristezas, fazendo objetos que, segundo ele, haviam de ajudar as vidas de muitas pessoas: fazia trabalhos de vidro, objetos
voadores, carros sem mudanças e outros trabalhos bonitos, convencido que os objetos iriam trazer
felicidade às pessoas.
Um dia, dizia ele, as
pessoas haviam de valorizá-los e pagar bem por eles. O nosso pai gastou pouco a
pouco o ouro todo que tinha, e a família não tinha outra opção senão mudar-se
para uma casa mais pequena onde a vida era mais fácil para nós. Nós passámos a encarregar-nos de todas as
tarefas da casa. Limpávamos, lavávamos, cozíamos, costurávamos e cozinhávamos. Os anos foram correndo e
chegou a altura de nos casarmos. O nosso pai andava zangado e triste, porque não tinha ouro suficiente
para nos dar, e assim jamais encontraríamos um marido.
Uma noite, depois de
termos lavado as nossas meias, e tê-Ias deixado a secar na nossa lareira, na
noite de Natal, o Pai Natal, sabendo que nós não tínhamos dote, agarrou em três
saquinhos de ouro e pôs um em cada meia pendurada na lareira e, com pontaria, acertou pela chaminé nas três meias.
Assim, o nosso pai pôde casar-nos a todas.
Ainda hoje, em muitas partes do mundo,
muitas crianças põem meias de Natal na lareira.
Trabalho realizado por: Pedro Duarte e
Gueorgui Kovatchki 5º B
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