Ele brincava comigo às escondidas e protegia-me quando o meu avô fingia que me atacava.
Ele era como um irmão para mim. Eu tirava terra dos canteiros e
punha numa tigela, e dizia:
- Papa Nero, papa!
Nós éramos verdadeiros amigos!
Então fui crescendo e ele foi envelhecendo. Eu adorava-o.
Mas um dia fui a Faro. Comi, brinquei e estava feliz, mas não sabia
o que me esperava. Ligaram ao meu pai a dizer que o Nero havia sido
envenenado e morreu. O meu pai desligou o telefone e eu perguntei-lhe o
que se tinha passado.
Ele respondeu-me:
- Nice, ele morreu envenenado.
Quando eu ouvi isto, subi e abracei o meu pai com muita força e
chorei muito!
Desde aí nunca me vim a esquecer dele, porque ele foi um
verdadeiro cão fiel!
Eunice Parra, nº 3, 6ºA
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