Há
muito e muito tempo, um fidalgo (meu pai) viu a sua mulher (minha
mãe) morrer, deixando-o triste, porque teria de me criar e às minhas duas
irmãs.
Fechado
no seu escritório, afogava as lágrimas em desenhos que no futuro iria inventar:
telhados de vidro, máquinas voadoras...
Mas
o meu pai gastava muito dinheiro nas suas invenções e pensou que algum dia as
pessoas comprassem as suas engenhocas. Um dia o meu pai gastou todo o seu
dinheiro e sem outro remédio tivemos de nos mudar de casa, para uma que fica no
campo.
E nós,
as três irmãs, tivemos de fazer todas as tarefas da casa: limpávamos,
cosíamos, cozinhávamos.
Os
anos foram passando e estava na altura de nos casarmos, só que o meu pai não
tinha dinheiro para nos pagar um dote.
Numa
noite, quando nós lavávamos a roupa, pendurámos três meias na chaminé. Quando
nos fomos deitar, o Pai Natal, deitou um bocadinho de ouro pela chaminé que
caiu nas três meias.
No
dia seguinte, vimos o ouro nas meias e assim o nosso pai teve dinheiro
suficiente para oferecer os dotes, para nos casarmos.
Agora em vários lugares as
crianças penduram meias na chaminé.
GUILHERME MATIAS
5º D
nº. 10
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