Palavras Entressonhadas

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Os ratos


 
O rato da cidade foi visitar o seu amigo ao campo.

   Quando chegou viu um gato enorme mesmo à sua frente. Começou a correr, escondeu-se na casa de banho e disse:

- Eu preciso de arranjar um buraco e depressa!

   Quando saiu, foi logo à procura do cão para o ajudar. E, quando chegou junto deste, pediu:

 - Ajuda-me, cão, depressa! É por causa do gato.           
- Porque é que eu te vou ajudar? O gato não me vai fazer mal. - respondeu o cão.
 
Depois o rato da cidade, foi pedir ajuda ao seu amigo rato. Quando chegou junto dele, disse-lhe:
- Por favor, ajuda-me! Há um gato atrás de mim.
- Aaaaaaaaaaah, gato onde? - inquiriu o rato, preocupado.
- Ele está atrás de ti. - avisou o rato da cidade.
- Vamos pedir ajuda ao galo. - sugeriu o rato do campo.

O gato continuou atrás deles. Mas os ratos são espertos e subiram para cima da cerca. Entretanto, imploraram ao galo:

- Ajuda-nos, galo. Vem um gato atrás de nós.
    - Eu não vos vou ajudar. Ele não consegue chegar aqui. - respondeu, desinteressado, o galo.

Depois apareceu o homem e matou o galo para fazer frango e deitou fora o cão, porque ocupava espaço.

O rato aprendeu que o campo é perigoso e foi para casa.


As aparências iludem.
 
GUILHERME MATIAS, 5º D

 

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

A lição

      O rato da cidade foi visitar o seu amigo do campo, o rato Manuel. 

Quando chegou, já de noite, o seu amigo Manuel tinha o jantar pronto e perguntou: 

      - Tens fome?

      - Sim tenho, o que é o jantar? - inquiriu ele, curioso. 

      - Para o jantar temos sementes de girassol, de abóboras e erva.- respondeu o rato Manuel.

      - Hum! … o rato da cidade torceu o nariz, pois ele gostava mais de queijo do que de sementes e ervas. 

      O rato Manuel continuou a dizer: 
      - Ah, e para não estarmos sós convidei uns amigos meus. 

      Depois de uma grande festa, foram todos para casa. Mas o rato da cidade ficou hospedado na casa do rato do campo. 

      De manhã os ratos acordaram ao mesmo tempo. Depois foram "colher" o pequeno almoço. Entretanto o rato da cidade avistou um pedaço de queijo que, na realidade, era uma ratoeira, mas a sua gulodice falou mais alto e ele não reparou no perigo. Consequência: o rato Manuel lá teve de o salvar. 

      Com este grande susto o rato da cidade aprendeu a não ser guloso. 

      Com a pressa foi-se embora sem tomar o pequeno almoço. 



 Moral da história: A gulodice tem matado mais gente do que a espada. 

André Custódio 5º C

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Num dia de tempestade

Havia um menino que numa tarde escura e de grande tempestade estava na janela do seu quarto a observar o que todo este temporal provocava na paisagem à sua volta e disse para um amigo que lhe estava a fazer companhia:
- Estava um tempo tão bonito e de repente ficou assim.
- Pois estava; quando o tempo fica assim tudo muda, parece que as árvores e as flores ficam tristes. – comentou ele.
- O bom destes dias é que, quando chove, fica aquele cheiro a terra molhada. Eu gosto muito de cheirar o seu perfume! O que é pena é que os passarinhos deixem de cantar e, quando eles cantam, fazem-no tão bem! – acrescentou o menino.
- Pois é, parecem aqueles senhores que são muito famosos, os passarinhos cantam que é uma maravilha. Os seus chilreios são música encantadora.
De repente, durante esta conversa, começam a ver-se uns raios brilhantes do sol a aparecer, as flores alegres abriram as suas pétalas todas e tudo na natureza ficou mais colorido e luminoso.


Os meninos ficaram muito contentes por ver tudo à sua volta a transformar-se num dia que ressurgiu muito lindo.

João Batista, nº 11, 6º B

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Aquele vestido azul…


Aquele vestido azul bem guardado estava
Sem saber porque ali andava.
Conta uma história de amor entre Romeu e Julieta.
É misterioso, nunca o guardaram numa simples gaveta!

E tu, eras capaz de o vestir!?
Olha que eu sim, pois dizem que aquele vestido gosta de sair.
É vaidoso, mas belo!
É charmoso e cheira a caramelo.
 
Ninguém sabia a quem o vestido pertencia.
Então tinham todos a mania
de o experimentar,
sem lhe perguntar.

Ele, orgulhoso como era,
ou ficava largo ou apertado.
E por fim ali ficava…

Naquele mar azulado,
de que eu já te tinha falado.
Molhado e feio ficou aquele vestido
Que parecia um pequeno batido.

Naquele mar não se ouvia nem um alarido.

Aprendeu a não ser convencido!
E foi o presente de um marido,
Que deu o vestido à mulher
que o guardou numa gaveta qualquer…

Joana Nascimento Monteiro  
ano-5º  turma -A  nº-12

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Um bom ano letivo

Olá, estamos de volta! 

Ultrapassámos os 50.000 visitantes e as 90.000 páginas lidas. O nosso blogue já correu o mundo todo desde o Brasil, ao Japão. E, lembram-se do nosso sonho? A parceria que gostaríamos de estabelecer com um blogue angolano, moçambicano… Pois é… já começamos a ter leitores de Angola. Podem confirmar no mapa das visitas, se estiverem atento(a)s. 


Neste ano letivo recomeçamos mais uma viagem pelas palavras lidas, conhecidas e reinventadas por todos vós. 

Recomeça…. 
Se puderes 
Sem angústia 
E sem pressa. 
E os passos que deres, 
Nesse caminho duro 
Do futuro 
Dá-os em liberdade. 
Enquanto não alcances 
Não descanses. 
De nenhum fruto queiras só metade. 
(...)
Miguel Torga (1907-1995)