Palavras Entressonhadas

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Provérbios de Natal


A Pucca andou a recolher alguns provérbios alusivos à época natalícia. Ora vê, se já conhecias alguns destes:
  • Ande o frio por onde andar, no Natal cá vem parar.

Assim como vires o tempo de Santa Luzia ao Natal, assim estará o ano mês a mês até final.

Até ao Natal um saltinho de pardal.

De S.ª Catarina ao Natal, um mês igual.

Do Natal à Sta. Luzia, cresce um palmo em cada dia.

Dos Santos ao Natal, é Inverno natural.

Galinhas de S. João, no Natal ovos dão.

Mal vai Portugal se não há três cheias antes de Natal.
Quem come carne na véspera de Natal, ou é burro ou animal.

Quem quer bom ervilhal, semeia-o antes de Natal.
Tanto clamamos por natal que ele enfim vem.

Não há ano, afinal, que não tenha o seu natal.
Dos Santos ao Natal, ou bom chover ou bom nevar.
Quem varejar antes do Natal, deixa o azeite no olival.
Pelo Natal, cada ovelha no seu curral.

Pelo Natal, tem o alho bico de pardal.

No Natal, só o peru é que passa mal.
Pelo Natal, Lua cheia, casa cheia.

No Natal, todo lobo vira cordeiro.
Natal em casa, junto à brasa.
Natal de rico é bem sortido.

Cada porco tem seu Natal.

Era uma vez um lápis


Era uma vez um lápis que vivia numa papelaria.
Todos os dias iam pessoas comprar lápis, mas ele nunca era escolhido. Passavam-se meses, dias mas ele estava sempre no mesmo sítio.

Um dia foi um menino à papelaria, e o lápis disse:
- Escolhe-me!

E o menino, com cara de assustado, perguntou:
- Tu falas?!

E o lápis respondeu:
- Claro, os lápis também falam.

Depois o menino, com cara de assustado, gritou:
- Este lápis fala!!!

E a dona da papelaria perguntou:
- Precisas de ajuda João?

E o João respondeu:
-Não, mas obrigado por perguntar.

E o lápis depois perguntou:
- Tu chamas-te João?

E o João respondeu:
- Claro, toda a gente tem nome, tu não tens?

E o lápis respondeu:
- Não, os lápis não têm nome.

E o João comentou:
-Claro que têm um nome, eu antes tinha um lápis e ele tinha um nome, mas os teus amigos não têm nome?

Depois o lápis respondeu com uma cara triste:
- Eu não tenho amigos, os outros lápis dizem que eu sou má companhia.

E o João animou-o:
- Anima-te, não ligues ao que os outros dizem, eu não acho que sejas má companhia; eu acho-te muito fixe.

Depois a dona da papelaria perguntou:
- Já escolheste alguma coisa João?

E o João respondeu:
-Já, eu escolhi um lápis.

E o lápis, muito animado, pensou:
Será que agora este menino me vai escolher?

E o João pegou no lápis e disse:
- Agora vais-te chamar mãozinhas.

E a partir desse dia o mãozinhas conheceu muitos amigos; ele conheceu: o medidas a régua, o tintas a caneta, a apaga a borracha, o corta a tesoura, o apara o afia, o branco o corrector, e as irmãs cores, os lápis de cor.
E para o resto da sua vida teve milhões de amigos e até arranjou uma namorada.
Beatriz Grilo, nº 2, 6º B