Palavras Entressonhadas

sexta-feira, 22 de junho de 2012

A Aldeia Subterrânea

Teresa e Luísa eram duas gémeas simpáticas, divertidas, inteligentes e um pouco teimosas, daquele género de pessoas que não aceita um não como resposta. Fisicamente, eram altas e tinham longos cabelos castanhos e ondulados. Os seus olhos eram castanho-escuros.
Eram completamente iguais e ninguém as conseguia distinguir.
Numa manhã do início de agosto, quando foram buscar o correio, viram, entusiasmada, que havia uma carta para elas.
-De quem é? - Perguntou a Teresa.
-Da Mariana!
-Quem?
-Da nossa prima Mariana. A que vive em Tomar.
Ainda não tinha acabado a frase, já rasgara o envelope. Luísa leu em voz alta:

Queridas Teresa e Luísa
Escrevo para as convidar para virem comigo passar uns dias à quinta do nosso tio Adelino.
Os meus pais vão para fora e eu não quero ficar lá sozinha
Podem trazer o «Caracol» que o tio não se importa que levem cães.

Ficaram simplesmente radiantes com a ideia. Nunca tinham ido quinta do tio, mas sabiam que havia uma lenda que dizia que um duque que ali vivera, em tempos, mandara construir uma aldeia oculta debaixo da terra, só que nunca chegara a povoá-la.
Depois de falarem com os pais e combinarem tudo ao telefone com o tio Adelino, fizeram as malas e meteram-se no comboio.
A viagem demorou pouco mais de uma hora mas, quando chegaram, é que se deram conta de que não sabiam reconhecer a prima, pois não a viam há alguns anos.
No entanto, como eram gémeas, facilmente seriam reconhecidas.
Encontraram a prima e o tio rapidamente e foram para a tal quinta.
Quando chegaram, ficaram de boca aberta. A quinta do tio era bastante grande: tinha um estábulo, uma capoeira, pastos enormes de ervas verdes e frescas com coelhos a saltitarem por entre elas, colinas, lagos, árvores e arbustos de todas as espécies.
Entreteram-se bastante nos dias seguintes com todas as coisas que podiam fazer: andar a cavalo, nadar no lago, correr pelos campos, enfim, nunca se aborreciam.
Uma tarde, estavam na biblioteca daquela enorme casa de quinta a explorar aqueles livros antigos com as capas rasgadas e as folhas amareladas, bastante divertidas com as coisas que encontravam.
-Luísa, olha para isto! – alertou Mariana.
-O que é?
O braço de Mariana estava enfiado quase até ao ombro num espaço entre os livros, em cima de uma prateleira.
-Está aqui uma alavanca!
-Não faças nada!
Recomendação inútil, pois Mariana já puxara a alavanca e já o chão desaparecera, estando elas a cair.
Parecia que estavam a cair pelo menos há cinco minutos, até que avistaram o chão.
A queda não fora violenta como esperavam, pelo contrário, sentiram-se aterrar lentamente.
Quando recuperaram do choque, puseram-se a olhar em volta para descobrirem onde se encontravam.
O problema é que não se via nada, porque ali estava escuro como breu.
-Teresa? Luísa? Estão aí? -perguntou Mariana com a voz esganiçada por causa do pânico.
-Calma. Estou aqui. – respondeu a Teresa.
Onde é que estamos? – indagou a Luísa.
-Alguém tem um isqueiro? – questionou a Mariana.
-Eu vou acender a minha pilha. – declarou Teresa.
Com a fraca luz da pilha, lá conseguiram ter um vislumbre daquilo que as rodeava.
Estavam numa divisão redonda com as paredes em pedra e com um cheiro a humidade intenso. Em frente das raparigas estava uma grande porta de carvalho.
-Ajudem-me a abrir aquela porta. – pediu a Luísa.
Não foi tarefa fácil. A fechadura estava ferrugenta. Depois de vários pontapés na madeira, de raspagem com pedrinhas e pauzinhos e de exclamações de impaciência, o trinco cedeu.
Três pares de mãos empurraram a porta, que rangeu ruidosamente.
Do outro lado não estava nada mais nada menos que a aldeia subterrânea.
Pura magia fazia com que a luz do sol entrasse pelas janelas das casas e iluminasse aquela aldeia.
*

Entretanto, o tio Adelino andava a correr de um lado para o outro à procura das três raparigas.
Procurou no estábulo, nos campos, no lago, em todas as divisões da casa sem as encontrar.
-Onde é que se meteram? - perguntava ele a si próprio, de cada vez que vasculhava num sítio.

*

As gémeas e Mariana não estavam menos preocupadas.
Queriam sair dali. Também andavam a correr de um lado para o outro à procura de uma forma de sair dali.
-Vejam! Encontrei um escadote. Podemos usá-lo para subir para a biblioteca. – exclamou a Mariana.
-Boa ideia! – apoiou a Teresa
Transportaram-no para a sala de pedra e subiram, uma por uma. Estavam aliviadas por terem conseguido sair dali.
Nesse momento, o tio entrou na biblioteca e por pouco não desmaiava quando viu o buraco com três metros quadrados que se encontrava ao lado do sofá.
Tudo se explicou e tudo se resolveu.
No dia seguinte, as gémeas despediram-se da prima e do tio e entraram no comboio, já ansiosas por outras aventuras.

Brígida, 6º E





O dia em que o mar desapareceu

Um menino vivia numa aldeia perto de uma praia. Esse menino adorava o mar porque tinha muitas cores e muitos peixes coloridos. Até que um dia apareceram umas aves bisnaus, muito porcas. Sujaram tanto o mar que os seres que lá viviam foram-se embora. As aves também. O menino apanhou um grande desgosto ao passar pela praia. Até que teve uma ideia: fazer um mar de lágrimas. Chorou, chorou, chorou, mas nada! Então, teve outra ideia : chamar a mãe do mar. A mãe do mar era uma nuvem chamada Miraldina. Miraldina teve, decerto, outro desgosto ao ver assim o seu tão amado mar.

Até que ambos tiveram uma ideia, mas isso já não podemos contar.

 Escolhemos este livro, porque achamos que tem muita criatividade. Por exemplo, como é que o menino chamou a mãe do mar se nem sequer sabia o nome dela? Não sabemos se gostarão tanto como nós, mas achamos este livro muito interessante!!! Leiam.
Autor: José Fanha

Realizado por:
Diogo Romeira Nº6 do 6ºD
Miguel Caetano Nº19 do 6ºD

Escrever uma carta

Tavira, 4 de novembro de 2011

Querida amiga,

Espero que ao receberes esta carta te encontres bem de saúde, que eu cá vou indo.

Amiga, estou com muitas saudades tuas, das nossas brincadeiras, e conversas!

Como tens passado? Na escola como vais? Já tens muitos amigos?

A minha escola é fixe, já tenho muitas amigas com quem vou para a piscina, que é do que gosto muito.

Agora vamos fazer um grupo de dança onde eu vou participar.

Por agora é tudo. Vai dando notícias tuas.


Um xi-coração

Da tua amiga
Ana Correia
P.S: Não te esqueças de dar notícias.

Realizado por: Ana Correia, 6º D


O meu doce favorito

Ingredientes:


4 pacotes de natas;
1 lata de leite condensado;
2 saquetas de chantilly (Fixe Chantilly);
2 carteiras de nescafé.


Modo de Preparação:


Batem-se as natas com as saquetas de chantilly até ficar em castelo, depois junta-se o leite condensado e o café. Vai ao congelador.

Bom Apetite
Rute Afonso, 5º A

A Primavera

Era um jardim cheio de flores, com cores diferentes, todas com o seu estilo e tamanho, cheio de árvores. E passarinhos a cantar.

Havia borboletas, abelhas e ainda joaninhas.

Havia pessoas que passeavam por lá, porque era um sítio muito bonito, cheio de cor.

O aroma das flores misturava-se com o canto dos pássaros.

Esta é a estação do ano de renovação da vida. Nem calor nem frio. Apenas aromas e cânticos de louvor à Natureza.


Inês Chagas, nº 13, 6ºE

A Minha Nova Casa

Quando entro, vejo só escuridão e frio. A minha casa está fria como o vento do Norte. As portas vão abrindo-se lentamente como se a luz estivesse a voltar e a reviver em minha casa.

As paredes, antes escuras, agora voltam a ser brancas. O primeiro raio de sol a tocar causa-nos um choque como se a lava estivesse a tocar na água.

Então os meus olhos, lentamente, vão-se habituando e quando se habituam a minha casa volta a ser minha.

• Paulo Pereira nº17 6ºE



quarta-feira, 13 de junho de 2012

Uma aula especial...

           O vento bate, bate na cara num dia quente e ensolarado. Brisa de verão que não é verão. Estamos no mês de Maio a fazer coisas da escola numa sala de aula, a escrever este texto a ouvir música que nos inspira, e quando se olha para a janela vê-se um dia lindo, lindo de morrer...
Daniel, 6º E

Lua cheia

Estava no céu azul no meio do luar. As estrelas brilhavam ao meu redor e a lua cheia era magnífica.

Quando o dia nasceu, apereceu o sol com os seus raios brilhantes, as nuvens pareciam algodão doce e eu saltitava nelas como um canguru.

De tardinha, na praia, via o amanhecer com reflexos no mar azul. Era belissímo. Não havia coisa igual.

Depois fazia-se de noite novamente e eu voava até a lua e adormecia.


 Bianca Martins nº4 do 6E

Imaginação Pela Natureza afora

Naquele espaço verde, cheio de borboletas a voar como se estivessem a dançar pelo ar.
Olhando para o céu azul, lindo como a cor do mar, os passarinhos assobiando e as gaivotas cantando.
Rastejando pela relva suave e intensa que contrastava com a luz do sol, tão brilhante como um raio de luz.
Ali perto havia um pequeno rio, o barulho era imenso e, enquanto estava deitada, as flores sentiam a brisa do ar que por ali passava.
O barulho das abelhinhas até me fazia descontrair.
Os meus cabelos esvoaçaram com aquele vento que passou por ali e logo as flores se abanaram.
Por cima de mim passou um dente-de-leão, como se estivesse a pairar no ar fresco e ventoso.
Os animaizinhos andavam por ali como se estivessem a brincar.
Já estava a tardar, fui para a beira-mar apreciar aquele belo pôr-do-sol. Era cor de laranja, lindo como se fosse a primeira vez a ver uma coisa assim.
Ao anoitecer, fui outra vez para a relva que já estava fresquinha.
Quando fechei os olhos, caiu uma pequena gota de água em cima do meu rosto, era suave e muito tranquila conforme ia escorrendo.
O tempo já estava a arrefecer, as nuvens estavam a juntar-se e parecia que vinha uma grande tempestade.
A cor das nuvens era escura e intensa.
Não se ouvia nada, a não ser o vento que ali naquele momento passava brutamente.
Na ida para casa, comecei a sentir um grande cansaço em cima de mim, baixei a cabeça e bocejei com a certeza de que iria haver um grande vendaval naquela noite...
      Fátima Vicente 6 º E  

terça-feira, 5 de junho de 2012

Biografia de Maria Alberta Menéres

Licenciada em Ciências Histórico-Filosóficas, escreveu o primeiro livro em 1952, com o título Intervalo. Em »1960 «Água-memória», valia-lhe o prémio do Concurso Internacional de Poesia Giacomo Leopardi.
De 1965 a 1973 foi professora nos Ensinos Técnico, Preparatório e Secundário, tendo leccionado Língua Portuguesa e História. Colaborou com vários jornais e revistas literárias — Diário de Notícias, Távola Redonda, Cadernos do Meio Dia e Diário Popular, onde coordenou a secção de iniciação à literatura.
De 1974 a 1986, dirigiu o Departamento de Programas Infantis e Juvenis da Rádio e Televisão de Portugal e, em paralelo, organizou a Antologia da Novíssima Poesia Portuguesa, com Ernesto de Melo e Castro, seu marido.
Entre 1990 e 1993 dirigiu a revista Pais. Entretanto, na Provedoria da Justiça, foi-lhe dada a responsabilidade Provedora de Justiça de Crianças.
A sua obra infanto-juvenil inclui poesia, contos, Banda desenhada, teatro, novelas, cómicos e a adaptação de clássicos da literatura. Em1986 recebeu o Grande Prémio Calouste Gulbenkian de Literatura para Crianças e Jovens, pelo conjunto da sua obra literária. Em 2004 deu nome a uma de escola, na Tapada das Mercês, em Sintra.

É mãe da cantora Eugénia Melo e Castro.




trabalho realizado por:

Diogo Romeira

Nuno Moreira 6ºD