Palavras Entressonhadas

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

A meia do Natal

Há muito e muito tempo, um fidalgo (meu pai) viu a sua mulher (minha mãe) morrer, deixando-o triste, porque teria de me criar e às minhas duas irmãs.
Fechado no seu escritório, afogava as lágrimas em desenhos que no futuro iria inventar: telhados de vidro, máquinas voadoras...
Mas o meu pai gastava muito dinheiro nas suas invenções e pensou que algum dia as pessoas comprassem as suas engenhocas. Um dia o meu pai gastou todo o seu dinheiro e sem outro remédio tivemos de nos mudar de casa, para uma que fica no campo.
E nós, as três irmãs, tivemos de fazer todas as tarefas da casa: limpávamos, cosíamos, cozinhávamos.
Os anos foram passando e estava na altura de nos casarmos, só que o meu pai não tinha dinheiro para nos pagar um dote.
Numa noite, quando nós lavávamos a roupa, pendurámos três meias na chaminé. Quando nos fomos deitar, o Pai Natal, deitou um bocadinho de ouro pela chaminé que caiu nas três  meias.
No dia seguinte, vimos o ouro nas meias e assim o nosso pai teve dinheiro suficiente para oferecer os dotes, para nos casarmos.

Agora em vários lugares as crianças penduram meias na chaminé.

GUILHERME MATIAS
5º D nº. 10

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