Palavras Entressonhadas

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Tomás e o Pai Natal

Era uma vez um rapaz chamado Tomás, magro, um pouco alto e com sardas na cara. Tinha um cabelo curto e castanho. Ele vivia com o Pai, José, que era cientista.
Nas férias do Natal o José teve que ir ao pólo norte analisar o gelo e o Tomás foi com o Pai.
Lá estava muito frio. Estava praticamente deserto, só se via alguns pinguins ao longe e a equipa do Pai do Tomás.
No pólo norte, o Tomás já não tinha quase nada para fazer, já tinha construido um iglô e feito um boneco de neve. O que mais podia fazer?
Então ele vê um pinguim e decide segui-lo. Certamente o pinguim vai parar a uma estrada, de aspecto invulgar e com bastantes curvas. Estranhamente, de cada vez que se afastava do acampamento e seguia aquela estrada, ia ficando mais quente até que viu um lago gelado. Parecia estar frágil, mas mesmo assim avançou; sabia que podia cair, mas não sentia medo.
Continuou a andar, quando, de repente, o gelo começou a partir-se. Tomás começou a correr e acabou por cair.
O Tomás passou algum tempo inconsciente e, quando despertou, começou a abrir os olhos muito lentamente.  Viu uma fábrica gigante toda vermelha com um pouco de verde e a decorá-la estavam uns presentes pintados na parede.
Foi então que uns gnomos disseram:
- Hei, quem é aquele?
O Tomás percebeu que se estavam a dirigir a ele e disse:
- Chamo-me Tomás, algum de vocês sabe dizer onde estou?
- Estás na fábrica do Pai Natal, é claro – responderam os dois em coro.
O Tomás perguntou:
- E onde está o Pai Natal?
- Ele está doente, porque a maioria das crianças não acredita nele e ele começou a ficar fraco.
Será que podia ajudar com os presentes? Afinal se o Pai Natal estava doente e alguém precisava de o substituir. - pensou o menino.
Então Tomás foi ver o Pai Natal e perguntou:
- Pai Natal, o que posso fazer?
- Tomás, tenho andado a pensar se consigo ir distribuir os presentes – respondeu o Pai Natal com uma voz um pouco rouca – mas acho que não, por isso penso que devias ser tu a fazê-lo.
- Eu! Mas, Pai Natal, só cheguei há pouco tempo.
- Deves ser tu, porque conseguiste entrar na fábrica através do gelo.
- Não posso, tenho coisas a fazer em casa, com o meu pai.
- De certeza? É que não sei se consigo.
- Sim, de certeza e está decidido.
Depois dessa conversa com o pai Natal, o Tomás voltou para o acampamento e não contou a ninguém o que se tinha passado e ninguém deu pela falta dele.
Nessa noite, Tomás imaginava como se estava a passar a distribuição dos presentes e se estariam a precisar dele.
Entretanto decidiu escapar-se de casa para tentar ajudar.
Quando chegou lá, estava toda a gente triste porque o Pai Natal tinha desmaiado e estava muito mal. O Natal estava arruinado.
 De repente, o Tomás tem uma ideia e pergunta:
- Há algum outro trenó e outras renas?
- Sim, mas esse é o trenó de emergência, é muito difícil de conduzir e ninguém o sabe guiar – responde um duende.
- Não faz mal, vale a pena tentar.
E lá prepararam o trenó com as renas e estava tudo pronto para salvar o Natal.

Estavam todos á procura do Pai Natal para ajudá-lo, quando o veem no telhado de uma casa, o saco de prendas estava pela metade.
Tentam acordá-lo, mas ele estava muito fraco e alguns duendes que estavam com o Tomás levaram o pai Natal para casa e o Tomás continuou sozinho.
Estava já no telhado de outra casa, quando se lembrou do motivo porque o Pai Natal estava doente: era porque a maioria das crianças não acreditava nele! Então, em cada presente que ia deixando punha um bilhete a dizer:

“Olá

O pai Natal está doente, porque algumas crianças não acreditam nele. Se és uma dessas crianças, acredita nele, senão para o ano não receberás prendas.”

E correu tudo muito bem.
Na manha seguinte, depois de ter aberto o seu presente e brincado com ele, foi à fábrica do Pai Natal para ver como é que ele estava.
O Pai Natal nessa manhã nem parecia o mesmo, estava cheio de energia e parecia muito mais novo.
Ficaram todos muito contentes de o ver e foi o melhor Natal que o Tomás já teve.

Realizado por:
Paulo Pereira nº17 6ºE



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