Palavras Entressonhadas

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Um Feliz Recomeço!

Estamos de volta. A todos um feliz ano novo, cheio de projetos concretizados com esforço e empenho.
Iniciamos com um conto de Natal realizado pela vossa colega Carolina.
Esperamos que gostem e que ele vos inspire para novas criações.

Um Feliz Natal!
Há muito, muito tempo, na véspera de Natal, Henrie, um menino muito pobre, passeava nas ruas de Londres, ao relento, e via montras com brinquedos gigantes, que um dia sonhava poder comprar.
De repente, ao voltar para casa, passou um carro, daqueles bem caros, que ele vira nas revistas que encontrara nos caixotes do lixo, e encharcou-o (tinha acabado de chover).
Era Benedite, o filho do empresário mais rico da cidade, cuja alcunha era a de sortudo. Ele tinha todos os brinquedos que um miúdo daquela idade sonhava ter.
O carro parou e o Benedite saiu e disse-lhe:
-Desculpa miúdo, mas como ficaste encharcado e está frio, podes abrir o porta-bagagens e tirar de lá o presente que quiseres.
-Ó, muito obrigada... eu não posso aceitar, mas é muito simpático da sua parte - disse o Henrie, ainda meio atordoado com o que lhe disseram.
E o Benedite concordou:
-Está bem! Tu é que sabes ...
-Não, não, não! Ok, eu aceito! - retorquiu ele
-Vá lá, mas não demores, eu combinei com o meu pai daqui a duas horas, na Tower Bridge e o meu pai não gosta de esperar - avisou ele
O rapazito pobre perguntou a medo:
- Olha, eu não sei o que tens aqui nestes embrulhos gigantes, mas eu prefiro este casaco bem quentinho para o Inverno.
O Benedite indagou com espanto:
- Tens a certeza de que queres ficar com isso, não queres escolher uma coisinha melhor?!
-O que eu queria mesmo, mesmo, mesmo, era encontrar os meus pais e passar a noite de Natal com eles ... -lamentou ele.
-Oh Ambrósio (empregado), este menino não pode ficar em minha casa, até encontrarmos os seus pais? Vá lá, vá lá, vá lá, please! - pediu Benedite.
O Ambrósio disse:
-Ficar até podia, mas os teus pais não vão gostar lá muito da ideia. O Benedite murmurou:
-Olha, ele vai. Está decidido. Ele vai e fica no meu quarto. Arranja um colchão e roupas lavadas para ele, mas, não te esqueças, tu não sabes de nada, entendido? Não é um pedido, é uma ordem.
Quando chegaram a casa, o Henrie foi logo para perto da lareira e adorou-a. Estava muito quentinho e ele não estava habituado.
À hora de dormir, ele sentiu-se tão bem, que achou que era a melhor prenda que lhe podiam dar.
-Henrie, descansa que amanhã trataremos de encontrar os teus pais e passas o Natal com eles - disse o Benedite.
-Ok e obrigada por tudo o que estás a fazer por mim - agradeceu ele.
Depois de uma noite bem dormida, os três partiram à procura dos pais dele e passado cerca de uma hora, encontraram-nos a revirar caixotes do lixo perto da zona onde ele estava.
Falaram com eles e esclareceram tudo.
O Benedite arranjou uma casa para eles e deu-lhes dinheiro. Passaram juntos o Natal.
Ah, já me esquecia, Feliz Natal para ti também!

Carolina Pereira,  6º E



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